ONGs, que costumavam promover feiras de adoção, estão apostando na adoção online, após a pandemia do Covid-19. Este é o caso do Abrigo Chácara da Dolores e do Departamento de Proteção Animal de Guarulhos.
Segundo Alexandra Gimenez, voluntária dos dois projetos e diretora da Amahvet Clínica Veterinária, existem hoje 360 cães e 160 gatos sob os cuidados dos dois abrigos e, após o isolamento social, houve um aumento na procura por um animalzinho. “Notamos um pequeno crescimento, mas acredito que a demanda vai crescer proporcionalmente ao aumento do período de isolamento.”
Se por um lado, a busca por um animal é algo positivo, por outro há a preocupação de que a adoção seja por impulso, o que aumenta a chance do animal ser abandonado quando a quarentena acabar.
“Nas feiras de adoção existe uma taxa de 25% a 30% de pets devolvidos. Então, estamos trabalhando para que a adoção online seja consciente. Aproveitamos que as pessoas estão com mais tempo e aprofundamos nosso processo de entrevistas, visto que é uma preocupação quando o adotante procura um pet para suprir uma carência emocional. Estamos tentando educar e conscientizar os interessados, que esse pet será sua responsabilidade também quando a quarentena acabar”, diz Alexandra.
A prefeitura de São Paulo também mudou a forma de adoção depois da pandemia, oferecendo o serviço com agendamento. Contudo, desde então, não houve mais procura por animais. Atualmente, a prefeitura dispõe de 162 cães, 79 gatos, 9 cavalos, 2 porcos e 1 bode.